Para Terapeutas

Iniciando sua carreira de terapeuta

Posted by Cláudio Araújo

Série Para Terapeutas

Você acabou de terminar sua formação em Terapia Holísticas, PNL, Transpessoal, Reiki, Thetahealing ou outra qualquer, entretanto, está se sentindo completamente perdido?
Não se preocupe. Você não está sozinho!
É realmente muito comum que as pessoas se sintam assim imediatamente após terminarem uma formação.
Eu já senti isso e conheço muitas pessoas que sentem isso.
Existem várias razões que podem gerar esse sentimento e neste artigo vou falar um pouco sobre as mais comuns e o que você pode fazer em cada caso. 

1 – Realizei meu sonho!

Eu sempre quis fazer uma faculdade de música e dediquei muitos anos de preparação até conseguir passar no vestibular da Unicamp e cursar a faculdade de música.
O curso foi fantástico, inspirador, motivador, mas um dia eu me formei.
Quando eu recebi o meu diploma senti um profundo vazio, porque só ali eu percebi que o meu sonho tinha terminado.
Eu não havia planejado o que eu faria depois, eu não estava preparado para o mercado, não estava pronto para passar num concurso de uma orquestra profissional de grande porte que me possibilitasse viver de música!
Ainda havia muito a ser feito e eu não tinha guardado recursos financeiros para fazer a transição da minha profissão de bancário para a nova profissão, o que me exigia ao menos alguns meses de preparação até que eu conseguisse entrar numa orquestra.
Isso acontece muito com terapeutas recém-formados.
Você se programou para fazer sua formação, juntou dinheiro, parcelou, investiu tempo, muitos e muitos fins de semana estudando, mas não programou, não se preparou para migrar da sua carreira segura numa empresa para uma carreira como autônomo! Então, não sabe como continuar a caminhada.
Aqui o conselho é não atropelar o tempo!
Continue fazendo o que você faz hoje e o tempo que você dedicava à sua formação passe a dedicá-lo à atender pessoas e ganhar experiência, construir sua carteira de clientes e se preparar para realizar sua mudança de profissão de forma gradativa e segura.
Você tem dois caminhos básicos a seguir: o primeiro é você se oferecer para atender como voluntário em alguma instituição e ir ganhando experiência, outro é você começar a divulgar, no seu círculo social, as suas novas habilidades e atender os seus amigos e parentes que aos poucos começarão a te indicar para outras pessoas e, assim, você inicia sua transição de carreira. 

2 – Não sei o bastante

 Gerônimo Theml, considerado o coach dos coachs,  nos alerta sobre a armadilha da “busca desenfreada por conhecimento”.
Você termina sua formação em Reiki, por exemplo, mas acha que não sabe o bastante para atender, então, faz uma formação em PNL e acha que não é o bastante e faz outra formação e outra e mais outra.
No fim de um ano você tem uma invejável, porém inútil, coleção de certificados!
Se você é uma dessas pessoas, então chegou a hora de dar um basta!!!
Veja isso: se você terminou sua formação de Reiki nível 1, você já está preparado para atender no nível 1!
Se você terminou sua formação em PNL Practitioner, você já está preparado para atender como PNL Practitioner . E assim por diante.
As formações, dentro das chamadas terapias holísticas, costumam ser muito curtas e muito diretas ao assunto e, a menos que, você tenha tido a infelicidade de cair nas mãos de algum charlatão, o que eu acredito não ser o seu caso, cada pequena formação te já deu as condições de atuar na prática imediatamente.
A sua experiência e a sua proficiência só vão surgir com a repetição exaustiva daquilo que a sua formação te ensinou!
Claro que com o tempo você vai querer saber mais e mais e irá buscar outras competências, mas coleções de diplomas não te farão um bom terapeuta!
Se você sonha ser um terapeuta bem-sucedido, colecione vidas transformadas, colecione atendimentos, colecione atitudes! 

3 – Me sinto inseguro 

Insegurança de principiante é completamente natural.
Digo mais: é útil e necessária.
Essa insegurança, esse frio na barriga é exatamente o que vai dar a você o senso de responsabilidade pelas pessoas que você vai começar a atender.
Pense em alguém que acabou de tirar sua carteira de motorista: é natural se sentir inseguro nas primeiras vezes que for enfrentar o trânsito, é natural ter dúvidas sobre os percursos, deixar o carro morrer, virar na contramão. Mas com o tempo vai se acostumar com o volante e logo a segurança vem e vem para ficar!
Com o terapeuta é a mesma coisa: os primeiros atendimentos deixam a gente com frio na barriga mesmo! A gente não sabe por onde começar, se atrapalha na técnica, se perde, tem que consultar as apostilas o tempo todo, fala mais do que precisa, perde cliente, perde hora, perde a mão, às vezes perde até a cabeça.
Se você está passando por isso, aqui vai o meu conselho: deixe claro para seu cliente que você está começando, que ainda não domina essa ou aquela técnica, fale sobre a técnica que você vai aplicar nele para ter um momento de “relembrar” o que você aprendeu, e procure, inicialmente, atender pessoas do seu círculo, pessoas que testemunharam seu processo de formação e que sabem que você está ainda ganhando experiência. 
Uma boa estratégia para desenvolver sua segurança é você começar atendendo seus próprios colegas de formação, trocando atendimentos com eles e compartilhando suas dificuldades e insights, assim você não corre o risco de se “queimar” no mercado.

Não existe nada melhor do que praticar para acabar com a insegurança, não existe na melhor que planejamento para acabar com a dúvida e não existe nada melhor do que começar a agir para transformar conhecimento em experiência.

Se você está iniciando sua carreira como terapeuta neste momento, use os conhecimentos que você adquiriu em sua formação para cuidar de você mesmo, faça de você seu primeiro e mais importante cliente e, infalivelmente, você construirá uma bela carreira, ajudando muitas e muitas pessoas a superarem suas dores, se conhecerem melhor e serem mais felizes. 

Um abraço no coração!

Namastê!       

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