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Atitudes e a Lei da Atração

Posted by Cláudio Araújo

Havia um homem que vivia numa casinha muito simples, de um único cômodo, velha, já caindo aos pedaços. Não tinha trabalho fixo, e vivia de pequenos serviços que as pessoas lhe passavam. Recolhia sobras de alimento na feira e recebia esmolas uma ou outra pessoa que se compadecia com sua situação de pobreza. Se satisfazia por ter o mínimo e conseguir sobreviver um dia após o outro, porém vivia doente e fraco.

Havia um outro homem, mais ou menos da mesma idade, nascido na mesma cidade, que vivia não muito longe dali numa casa enorme, com muito cômodos, uma piscina, carro bom na garagem, tinha uma empresa. Se satisfazia das melhores roupas, dos melhores restaurantes, dos melhores negócios e oportunidades, das melhores viagens, dos melhores restaurantes. Vivia saudável e feliz.

Essa não é mais uma versão da famosa parábola de Lázaro, nem mesmo uma crítica contra a desigualdade social. O que trago aqui, são duas situações metafóricas, que apesar de acontecerem diariamente, o que delas nos interessas são os aspectos emocionais das atitudes de cada um desses dois personagens.

Quando se fala em Lei da Atração, é muito comum as pessoas imaginarem que se você pensar, imaginar, visualizar e sentir um objeto de desejo, esse objeto será “magicamente” atraído para você. Não que isso esteja errado, mas temos que fazer algumas considerações e entender o que acontece por trás dessa “mágica”.

O primeiro personagem tem uma atitude de se satisfazer com o mínimo para sua sobrevivência. Ele não consegue nem sequer imaginar a possibilidade de uma vida melhor. Em seu mapa de mundo existe dois tipos de pessoas: os que necessitam e os que ajudam. Ele nem chega a pensar em pobres e ricos, mas somente em seu estado de necessidade. Ele está no grupo dos que necessitam e age como quem necessita. Ao receber uma ajuda qualquer, ao colher os restos da feira, ele sente que “alguém” está cuidando de suas necessidades, e até fica grato por ter comida para mais um dia.

Não há necessidades maiores que sua própria sobrevivência e o conceito de luxo simplesmente não existe em seu mapa de mundo. Razão essa que lhe causa uma total abstinência de qualquer tipo de ambição ou desejo de progresso.

Já o segundo personagem tem em seu universo ou mapa de mundo o conceito de qualidade, de riqueza, de luxo, de conforto. Ele sabe que existe o produto bom e o produto ruim e escolhe sempre o produto bom, ou o melhor que possa. Sua satisfação está em obter sempre o melhor, o mais elaborado, o mais fino, o mais agradável.

Sua necessidade não é mais pela sobrevivência, mas pela qualidade da sua existência.

Quando você se coloca em uma postura de necessidade, todo o seu sistema corpo-mente se ajusta a essa postura e você começa a agir de forma a representar o primeiro personagem, mostrando-se sempre em situação de carência. Quando recebe um apoio ou uma ajuda, isso aciona um sistema de recompensa dentro do seu cérebro que diz; “ufa! Foi bom receber essa ajuda! Quero mais disso”, e então, você começa a repetir os mesmos comportamentos até que uma nova ajuda lhe seja dada.

Esse ciclo pode durar a vida toda, e muitas pessoas que vivem esse ciclo, nem tem consciência de que estão atraindo as situações de necessidade exatamente por se satisfazerem com esse “pouco”, pois para nosso cérebro, o conceito de pouco ou de muito, não é um conceito objetivo. Na verdade, a satisfação acontece simplesmente porque algo desejado foi atendido, nesse caso, o pouco necessário para resolver emergência da situação.

Quando você se coloca na posição do segundo personagem, ou seja, numa postura vitoriosa, igualmente seu sistema corpo-mente se ajusta a essa postura, provocando ações ou comportamentos de um vitorioso. Então, não é a ajuda ou socorro de alguém que vai lhe causar uma satisfação, mas é a sua própria vitória pessoal.

Por exemplo, na primeira vez que você fechar um negócio (ou uma boa vaga de emprego) você fica tão satisfeito que o sistema de recompensa que existe dentro do cérebro começa a dizer: “Isso foi muito booom! Quero mais disso! ”. Como consequência você se sente impelido a repetir as ações e comportamento que te levaram a esse pequeno sucesso. Não é preciso dizer que quanto maior o nível do sucesso, maior também será a sensação de satisfação e, portanto, você começa a ensinar seu cérebro a buscar desafios cada vez maiores.

É o que acontece na mente de um atleta, por exemplo: primeiro um campeonato regional, depois o estadual, depois o nacional e, por fim, as Olimpíadas.

É muito importante que você, neste momento, pare o que você está fazendo e se pergunte quais são as coisas que você recebe e que te causam a sensação de prazer, de vitória. Se você perceber que com mais frequência você está recebendo ajuda de alguém e poucas vezes está realizando por seus próprios méritos, é muito possível que você esteja construindo uma vida muito limitada.

Por outro lado, se você fica satisfeito quando você se propõe a um desafio e consegue predominantemente com suas forças (e claro, com as relações de apoio que te cercam) realizar esse feito, você com certeza terá mais chances de uma vida com muito mais plenitude.

Então, a Lei da Atração funciona colocando dentro de nós os comportamentos capazes de gerar os resultados que nos causam satisfação, se você se contenta com pouco, com ser o coitadinho, a vítima, enfim, é esse pouco que você estará atraindo para sua vida, através das suas atitudes. Por outro lado, se você busca vitórias, a Lei da Atração estará colocando em sua vida situações condizentes com sua postura e comportamento, levando você certamente a colecionar vitórias.

Beijo no coração e até o próximo post.

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