Série Para Terapeutas

Você sabe o que é uma metáfora e qual é o poder que uma metáfora possui?

Imagine o seguinte cenário:

Você é um bombeiro que acaba de ser chamado para atender um prédio em chamas. Você precisa entrar em cada apartamento, mas não pode arrombar as portas. Os moradores não podem abrir as portas porque estão adormecidos. Então, você usa uma chave mestra! Isso mesmo! Você possui uma chave mestra que consegue abrir qualquer porta.

Então, você abre todas as portas e salva todos os moradores que estavam adormecidos.

A história que acabei de contar é uma metáfora sobre as metáforas!

Uma história que possui um significado escondido em uma aventura, que a princípio, não tem uma relação direta com a questão que está em jogo.

Vamos entender isso!

As pessoas adormecidas representam nosso subconsciente, enquanto as portas trancadas representam os aspectos racionais da nossa mente que impedem que nosso inconsciente seja acessado.

O bombeiro é o interlocutor, pode ser um terapeuta, um coach, um padre ou pastor, um chefe, um pai ou uma mãe, um professor, alguém que deseja estabelecer uma comunicação sem “arrombar” as portas, ou seja, sem ser invasivo.

O incêndio não é outra coisa se não o problema em questão.

Por fim, temos a chave mestra que é a própria metáfora!

A metáfora é como uma chave mestra para o subconsciente, permitindo que ele seja acessado sem violar as restrições impostas pela mente consciente.

As metáforas desconhecem os preconceitos, as crenças limitantes, os medos de mexer nas feridas abertas.

As metáforas transcendem as barreiras de sexo, religião, idade ou posição social.

Quando eu uso metáfora dentro de uma sessão de terapia eu consigo transmitir uma mensagem curativa diretamente para o inconsciente do cliente, provocando o seu despertar e, assim, libertando o cliente do “incêndio” que o está atormentando.

Os resultados com essa técnica são muito eficientes e rápidos, pois o próprio cliente reconhece os seus caminhos internos para sair da situação que lhe está incomodando.

Mas usar metáforas dentro do ambiente terapêutico não passa nem perto de só contar histórias: é preciso ser ao mesmo tempo intencional e evasivo, amoroso e indelicado, gentil e impertinente. É discordar concordando e concordar discordando. É falar muitos idiomas dentro de uma mesma linguagem. É esquecer-se do próprio universo e mergulhar no universo do cliente, nos seus gostos, nas suas crenças e especialmente nas suas dores.

Isso é que torna as metáforas tão especiais: elas usam a própria linguagem do cliente para acessar as respostas, pois é o subconsciente do cliente que encontra os significados que a metáfora carrega.

Então, eu tenho uma metáfora na minha vida: sair do aquário e voltar para o oceano.

Qual é a metáfora da sua vida? me conte nos comentários!

Um beijo no coração!

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